Você sabe andar?

  • 8 de maio de 2018

Claro que a pergunta pode soar um pouco estranha, levando em consideração que você é um adulto. Alguma vez você já analisou a forma que anda? Você sabia que há como caminhar de maneira errada? Continue lendo este artigo e saiba como e por que nós andamos!

 

Você já parou para observar quantos animais são capazes de andar em dois apoios? Se sim, o que nos diferencia de todos eles?

 

Para grande parte da comunidade científica, há, aproximadamente, 15 milhões de anos, nossos ancestrais foram obrigados a deixar as florestas e partir para as savanas. Até então, o apoio era feito pelos quatro membros e, ocasionalmente, apenas sobre os pés. Ao chegar às áreas com vegetação mais baixa, foi exigido um maior alcance visual – tanto para fugir de predadores, quanto para busca de recursos – tornando o apoio bipodal um fator de seleção.

 

Ao vermos chimpanzés caminharem, notamos que adotam a bipedia, mas com uma particularidade muito interessante: seus membros oscilam lateralmente, eles não deslocam-se diretamente para a frente, como fazemos. Podemos notar o mesmo balançar em bebês, quando começam a caminhar.

 

É claro que as vantagens de andarmos sobre dois apoios acaba por trazer algumas consequências. Muitas pessoas sentem muitas dores nas costas, em grande parte dos casos é devido à má postura e, consequentemente uma marcha pouco eficaz. Você sabe o que é a marcha?

 

Em resumo, a marcha é o nome que a ciência dá para o nosso deslocamento. Pensando evolutivamente, a mais eficaz das marchas é aquela que nos move com o menor consumo de energia possível. O mais fascinante sobre a maneira que caminhamos é, o já citado, deslocamento para a frente, transferindo o nosso centro de gravidade. Já imaginou nossos ancestrais fugindo de um predador, correndo como chimpanzés?

 

Nós precisamos de equilíbrio para marchar, mas é preciso provocar, também, um desequilíbrio para que esse deslocamento aconteça. E como funciona uma marcha comum?

 

A marcha possui algumas fases, como vemos na imagem a seguir:

Repare que nosso homenzinho começa a marchar com o apoio no calcanhar, depois atinge o solo com o pé inteiro, sobe sobre o hálux (dedão) e a parte mais interna do pé, e só o tira do chão quando o outro já está bem apoiado.

 

Entenda que essa é uma explicação muito genérica e nós não somos capazes de, sozinhos, observar nossa marcha.

 

E como a marcha pode afetar nossa postura e, inclusive, nos causar problemas motores?

 

Se você reparar bem na ilustração, nota que caminhar não é algo que fazemos apenas com os pés, mas todo o nosso corpo precisa trabalhar harmonicamente para que nos desloquemos. Se você já se machucou de alguma maneira e mancou, pode ter certeza que a tua postura e a tua marcha foram alteradas para tornarem-se mais funcionais.

 

Neste texto anterior, falamos sobre compensação, muitas vezes nossos corpos precisam fazer mais força em determinados movimentos para compensar partes comprometidas. Isso pode desencadear uma série de problemas na locomoção. Muitos de nós caminhamos de maneira pouco eficaz, sobrecarregando partes que não deveriam sofrer tais cargas. Pode ser que você desloque o quadril, os joelhos, ande com os pés tortos ou qualquer outra coisa e nem perceba.

 

Os fisioterapeutas são os profissionais que trabalham com a análise de marcha. Mais de 90% da população não possui a marcha eficaz que foi citada no início do artigo, e é nisso que os profissionais trabalham. Através de anomalias detectadas nessa análise, o teu fisioterapeuta te ajudará no aprendizado da nova marcha. Com a correção do modo que andamos, podemos nos livrar de dores articulares, nas costas e, até mesmo, de enxaquecas.

 

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Uma das maneiras mais eficazes de manter o bom funcionamento de qualquer coisa é o seu uso. Não deixe de caminhar regularmente e esteja sempre em contato com um fisioterapeuta. O profissional do futuro não é o que nos ensina como usar as novas tecnologias, e sim o que nos ensina a usar, de maneira eficaz, o maquinário mais complexo existente sobre a terra: o corpo humano.

 

Dan de Araújo é escritor, professor de idiomas e biólogo. O conteúdo apresentado no texto é fruto de pesquisa, devidamente validada pelo fisioterapeuta Santiago Munhos (CREFITO 3-81224-F). Em caso de dúvidas, contate-o

 

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