As dores musculares são as maiores causas de incapacidade internacional e gerando consequências ao indivíduo como afastamento social, do trabalho e interfere em hábitos do cotidianos como alterações no sono e lazer. No Reino Unido 49% das causas de afastamento do trabalho são por dores musculares, gerando um prejuízo anual de milhões de euros.
Atualmente muito se discute sobre qual a melhor forma de direcionar o tratamento desse paciente, se a conduta deve ser ativa ou passiva, com ou sem intervenção medicamentosa, quais exames devem ser levados em consideração, com o objetivo principal da melhora clinica deste paciente, consequentemente melhorando sua qualidade de vida.
Pensando nisso, LIN e colaboradores publicaram na revista BJSM em Janeiro de 2020 um artigo que procurou identificar as melhores recomendações para avaliar e gerenciar as dores musculares em todo o corpo.
E as recomendações foram:
1- Centralize os cuidados ao paciente. Os cuidados devem corresponder ao contexto individual do paciente, empregar uma comunicação eficaz e explicar a conduta.
2 – Identificar no paciente a probabilidade de condições/patologia grave ou as chamadas bandeiras vermelhas – suspeita de infecção, malignidade, fratura, causas inflamatórias da dor, sinais severos e progressivos de déficit neurológico (incluindo síndrome da cauda equina) e condições graves que se disfarçam de dor muscular como uma dor abdominal que pode ser algo mais grave como um aneurisma da aorta.
3- Avaliar fatores psicossociais – Esses fatores incluem humor/emoções (depressão e ansiedade), medo/cinesiofobia e expectativas de recuperação.
4 – Desencorajar as imagens radiológicas, a menos que: (1) suspeita de patologia grave, (2) tenha obtido uma resposta insatisfatória aos cuidados conservadores ou progressão sem explicação de sinais e sintomas.
5 – Realizar uma avaliação física detalhada, que pode incluir testes de triagem neurológica, mobilidade e / ou força muscular – A avaliação física do paciente deve ser avaliada minuciosamente, assim como questionários e escalas para aquela condição que ele apresenta deve ser utilizado.
6 – Educar/informar o paciente sobre suas condições e opções de tratamento: (1) incentivar o auto-gerenciamento, ou seja, mostrar que o paciente é um componente ativo e participativo de sua melhora e/ou (2) informar/tranquilizar o mesmo sobre a condição ou o manejo .
7 – Incentivar/introduzir o paciente ao tratamento que lide com atividade física e/ou exercício. Tanto terapias ativas quanto uma mudança de hábito do paciente com realizar exercício além da terapia devem ser incentivados
8- Aplicar a terapia manual apenas em conjunto com outros tratamentos. A terapia manual deve estar associada as terapias ativas e não a única modalidade de abordagem, sempre em conjunto com outras estratégias de gerenciamento, incluindo exercícios, terapia psicológica, informações / educação e aconselhamento sobre atividades, em vez de um tratamento autônomo.
9- Tratamento não cirúrgico deve ser a primeira escolha. Oferecer, a menos que seja especificamente contraindicado (“bandeira vermelha”), assistência não cirúrgica/conservadora informada por evidências antes da cirurgia.
10 – Facilitar a continuação ou retomada do trabalho e atividades objetivadas pelo paciente- aconselhar os pacientes a permanecerem ativos, evitar a inatividade e aumentar gradualmente os níveis de atividade, incluindo o envolvimento no trabalho.
Essas recomendações podem e devem ser usadas para otimizar os cuidados com os pacientes que apresentam essas dores, com objetivo de ofertar o melhor tratamento reduzindo assim o tempo de tratamento e os gastos.
Por isso a importância de se procurar um profissional especializado para alcançar o melhor tratamento para você.
Texto produzido pelo fisioterapeuta: Fabio da Silva Forti crefito-3: 248247-f