Eu não sei você, mas eu adorava me atirar de locais altos quando era criança. Se conseguisse saltar do segundo degrau, passava ao terceiro e aumentava o desafio a cada nova conquista. Um dia, após saltar um alto muro, experimentei uma dor inédita. Não saberia descrever se aquilo era um ardor ou formigamento, o que me lembro é que foi a primeira de uma sucessão de eventos envolvendo dores no tornozelo.
É claro que uma criança não se preocuparia com possíveis danos a longo prazo, mas ao tentar calçar as chuteiras a dor foi intensa. No momento, nem relacionei o desconforto com a sensação que tive ao aterrissar. Alguns dias depois, teria o meu primeiro contato com a fisioterapia.
O médico diagnosticou síndrome do impacto posterior do tornozelo – SIPT, que é um tipo de lesão no ossinho que faz o encontro do pé com a perna. A SIPT pode ocorrer a partir de um trauma, como foi o meu caso, ou por movimentos de flexão repetidos. Imagina o quanto os bailarinos clássicos não devem sofrer com a condição – estatisticamente, são os que mais apresentam esse tipo de lesão, seguidos pelos jogadores de futebol.
A dor fica muito intensa ao fazer movimentos para baixo com o pé. Em alguns casos pode apresentar vermelhidão e calor. Para evitar a SIPT não ignore problemas no tornozelo, pois podem ser o gatilho para sua ativação; use sapatos adequados e confortáveis, que não sejam facilitadores para o desequilïbrio.
A fisioterapia ajuda a eliminar a dor, recuperar os movimentos e fortalecer a região, a fim de evitar a reincidência. Como sempre recomendamos, não deixe o teu corpo para depois. Qualquer que seja o problema, busque um fisioterapeuta e o resolva!
Dan de Araújo é escritor, professor de idiomas e biólogo. O conteúdo apresentado no texto é fruto de pesquisa, devidamente validada pelo fisioterapeuta Santiago Munhos (CREFITO 3-81224-F). Em caso de dúvidas, contate-o!
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