Em tempo de isolamento social e home office por conta da pandemia do covid-19 é normal nos movimentarmos menos, academias fechadas, sem necessidade de se deslocar até o trabalho, levanta da cama para a mesa ou até mesmo o sofá e trabalhamos por ali mesmo. Não chega a ser classificada como síndrome do imobilismo, mas quais as consequências dessa mudança brusca em nossos hábitos?
A mais visível é a mudança corpórea com ganho de gordura e perda de massa muscular, perda de flexibilidade também é comum de se notar.
E quando as dores começam a aparecer? O que eu faço? Por conta da pouca movimentação podemos apresentar uma certa rigidez articular na hora que vamos nos mexer após ficar muito tempo em uma mesma posição, não se preocupe, provavelmente após se mexer um pouco essa dor vai passar, porque a circulação sanguínea local volta a acontecer como deveria e a homeostase se refaz.
A síndrome do imobilismo é muito estuda, porém, aquela em que o paciente fica acamado por muito tempo. Historicamente, sempre houve controvérsias a respeito do repouso prolongado. Sabemos que antigamente era parte do tratamento o paciente permanecer em repouso. A partir da segunda metade do século XX, principalmente com as implementações que ocorreram devido a II grande guerra, houve um avanço significativo na idéia de mobilização precoce dos pacientes acamados. Hoje, sabemos que um dos papéis mais importantes do Fisioterapeuta na unidade hospitalar é o da retirada precoce do paciente do leito evitando, assim, diversas patologias associadas ao longo decúbito como úlceras de pressão (escaras) e pneumonia. Algumas classificações são consideradas para este tipo de restrição. Acredita-se que de 7 a 10 dias seja um período de repouso, 12 a 15 já é considerado imobilização e a partir de 15 dias é considerado decúbito de longa duração.
Entenderemos melhor a síndrome de imobilidade no leito se conhecermos a biomecânica de nosso organismo. Sabemos que o ser humano é desenhado para ser móvel, principalmente porque 40% do nosso organismo é composto de músculos esqueléticos. Além do mais somos dependentes da atividade física para que haja a manutenção deste sistema músculo-esquelético e para a melhor função de nossos órgãos internos. Sabemos, por exemplo, que a reabsorção óssea é feita através dos estímulos de pressão e tração que este segmento recebe ao longo do dia onde nos locomovemos e pressionamos as estruturas. Outros exemplos da falta de atividade física são insuficiência cardíaca, deterioração articular, condições tromboembólicas, estase gastrointestinal e estase urinária. A patofisiologia das alterações que acontecem devido ao longo decúbito começam cedo e evolui rapidamente. Muitas das desordens são reversíveis mas quanto maior o período de imobilização mais difícil será a sua reabilitação.
A quarentena terminou, eu voltei às minhas atividades de rotina e continuo com dores, o que eu devo fazer? Provavelmente por algum movimento errado em meio ao caos que se encontrava ocorreu uma lesão, podendo ela ser muscular, tendínea ou até mesmo articular, nesse caso você deve procurar um fisioterapia para uma avaliação mais detalhad