Quando Charles Miller voltou da Inglaterra, em 1894, pensava estar trazendo apenas uma bolinha inocente para jogar com seus colegas ingleses aqui, na capital paulista. Em meia década já possuíamos uma federação, e em 1970 já éramos 90 milhões em ação, tricampeões e reconhecidos como o país do futebol. O que chegou em terras tupiniquins como um esporte de elite, pouco provável e jamais pensado de maneira recreativa, tornou-se o mais popular deles, jogado e assistido em todos os cantos do Brasil. Agora, com a possibilidade do sexto título mundial batendo à porta, é a hora de pensar sobre o impacto que essa prática maravilhosa e instintiva para grande parte dos brasileiros.
Sem qualquer tipo de estatística, pode-se afirmar que a grande maioria das crianças brasileiras descobre a paixão pelo futebol nos primeiros anos escolares. Jogamos nas aulas de educação física, no intervalo, na entrada e, se possível, dentro da sala de aula. A bola pode ser de papel, de meia, de capotão, ou mesmo uma latinha amassada. As cidades – mais especificamente as periferias – são recheadas com campinhos de terra, crianças e adultos em seu clássico jogo de CAMISAS VERSUS SEM CAMISA. Muitas vezes estar descalço faz parte das regras da CPF (confederação periférica de futebol), o que nunca nos impediu de colocar os pés para mostrar o motivo de sermos a única nação com o pentacampeonato. Aqui, profissionais e amadores vivem essa paixão com ferocidade e dedicação. Somos tão ferozes que, por muitas vezes, acabamos nos machucando e somos obrigados a tirar nosso time de campo.
Djalma jogava a tradicional pelada de fim de semana até os trinta anos, até que o ponta-esquerda passou a sentir algumas dores fortes no tornozelo. É claro que entorses são comuns no futebol. Você pode conferir neste nosso texto, específico sobre o tema. Depois de reduzir a frequência dos jogos, continuou a prática por mais alguns anos, até que seu joelho deu sinais de problema. Como já foi falado aqui no blog pelo Santiago Munhos, é muito comum que problemas no tornozelo passem a “subir” para os joelhos, quadris e venham, inclusive, a ocasionar alterações posturais.
Santiago esclarece que “esse tipo de lesão é muito comum no futebol, devido aos movimentos de pivô. O tratamento é simples e consiste em analgesia, melhora da função, fortalecimento e exercícios de propriocepção. Após, aproximadamente, cinco semanas, o atleta não sente mais dores e já pode voltar à prática do esporte.”
Por não ter buscado ajuda logo no início, Djalma nunca mais retornou aos campos ou quadras e perdeu a chance de manter uma vida mais saudável praticando o esporte mais querido do nosso país. Não perca você, também, esse prazer. Se você gosta de bater uma bolinha aos fins de semana e acha que por isso não precisa procurar auxílio de um fisioterapeuta, reveja teus conceitos. Dê uma olhada aqui no site e agende uma avaliação. O melhor tratamento sempre é a prevenção.
Cuide do teu corpo e continue vibrando pelos nossos jogadores!
Agora somos mais de duzentos milhões em ação!
Para a frente, Brasil!
Salve a seleção!
Dan de Araújo é escritor, professor de idiomas e biólogo. O conteúdo apresentado no texto é fruto de pesquisa, devidamente validada pelo fisioterapeuta Santiago Munhos (CREFITO 3-81224-F). Em caso de dúvidas, contate-o.