A osteoartrose é a forma mais comum de artrose e afeta cerca de 302 milhões de pessoas no mundo. Causando dor, rigidez, inchaço e pode levar a perda da função. São fatores de risco para essa doença: sobrepeso e obesidade, lesões prévias, ter feito a retirada do menisco e ser do sexo feminino.
Em 2019 pelo American College of Rheumatology, publicou uma diretriz mostrando quais são as intervenções mais recomendadas para o tratamento e quais não deveriam ser recomendadas.
A diretriz afirma que o tratamento deve ser individualizado e abrangente, pode incluir desde intervenções educacionais, comportamentais, psicossociais e físicas, até o uso de medicamentos tópicos, orais ou intra-articulares, mas sempre levando em consideração as crenças e preferências do paciente.
Dentre os recursos físicos com maior recomendação, temos a participação regular em um programa de exercícios, que pode ser local ou global, desde que seja uma atividade física que o paciente goste de realizar, pois, deverá fazer parte do plano central do tratamento. Eles também concluíram que os exercícios são mais eficazes se supervisionados, mas programas de auto eficácia ou autocuidado podem ser considerados.
Além disso, nos casos de osteoartrose de joelho e quadril é muito importante associar a perda de peso em caso de obesidade, sendo que uma perda de apenas 5% já traz resultados positivos no tratamento. E o uso de bengala e/ou braces em casos de dificuldade para andar ou falta de estabilidade.
Entre os condicionalmente indicados, ou seja, que possuem indicação moderada, podendo beneficiar alguns pacientes e outros não, temos, as terapias térmicas, terapia cognitivo comportamental, acupuntura, bandagens funcionais, treino de equilíbrio, Yoga e ablação por radiofrequência.
Quando o tratamento farmacológico é indicado, temos maior evidência para o uso de anti-inflamatórios não hormonais (AINEs) de uso tópico ou oral e das injeções intra-articulares de glicocórticoides.
Em relação as modalidades de tratamento que não são recomendadas ou até mesmo contra indicadas, temos o uso do TENS (famoso choquinho) e o uso de alguns medicamentos, como os bifosfonatos, glucosamina, sulfato de condroitina, hidroxicloroquina, injeções intra-articulares de ácido hialurônico, toxina botulínica, plasma rico em plaquetas, injeções de células tronco e inibidores do fator de necrose tumoral.
Além destes tratamentos existem alguns que foram parcialmente não recomendados, como iontoforese, terapia manual com ou sem exercício, massagem, modificação de sapatos ou palmilhas e a terapia vibração pulsada.
Se você tem osteoartrose, nossa pergunta é a seguinte: quais dos tratamentos fortemente recomendados você já fez? Você obteve melhora nos sintomas? Se a resposta for não, talvez seja a hora de procurar profissionais especializados e embasados na literatura científica atual para obter o melhor tratamento para melhorar sua sintomatologia, afinal, é importante lembrar que até o atual momento não existem outras intervenções que modifiquem os danos estruturais que a osteoartrose causa, porém, conseguimos contornar sua progressão com um tratamento multifatorial adequado.