Esporão de calcâneo, algo tão pequeno quanto incômodo

  • 16 de setembro de 2020

O esporão de calcâneo, ou esporão de calcanhar, é um problema ortopédico que surge devido ao crescimento anormal de uma parte do osso do calcanhar, formando uma protuberância, que pode provocar intensa dor na sola do pé. Existem dois tipos de esporões, o posterior e o inferior.

No esporão de calcâneo, o desenvolvimento ósseo anormal acontece geralmente por uma tração exacerbada da fáscia ( aqui, explicamos o que é fáscia) no calcâneo, ou pelo encurtamento da musculatura posterior da perna, tambem conhecida popularmente como panturrilha, causando o esporão posterior, esses dois casos levam o corpo a depositar cálcio no local formando a espícula. Dentro da população, estima-se que uma em cada dez pessoas apresenta essa patologia, mas somente 5% de todos que têm esporão apresentam sintomas. Isso significa que, na maioria dos casos, o esporão não é a causa da dor e não dói. A dor pode vir de uma doença vascular, nervosa, reumática ou da inflamação que o esporão causa nos tecidos adjacentes, como a fáscia por exemplo.

Situações variáveis que causem um estresse crônico à região do calcanhar podem provocar o surgimento de um esporão. Pessoas com a curvatura dos pés acentuada, que sofrem com o sobrepeso ou que trabalham em pé durante muito tempo têm forte tendência a apresentar o problema.

Outros fatores de risco para o surgimento do esporão de calcâneo são o uso, excessivamente, salto alto ou calçados que sejam pouco apropriados para os pés. É o caso de sapatos muito apertados ou velhos, a pratica de esportes com forte impacto nos pés, dança e corrida, por exemplo e a alteração da marcha, como pisar com o pé torto.

Após o diagnóstico, você vai precisar de um fisioterapeuta. A primeira solução a ser tomada, é a confecção de uma palmilha específica para o teu pé e que pode te auxiliar a diminuir a carga no calcanhar, para que a dor não te impeça de caminhar.

É possível reabsorver o esporão através da fisioterapia, evitando a cirurgia que, possui uma recuperação bem incômoda.

Caso você já tenha passado pela cirurgia, vai precisar de um fisioterapeuta para quebrar a fibrose causada pela cirurgia, diminuir a dor  e, o mais importante: o restabelecimento do equilíbrio e reeducação da marcha. Sim, você vai precisar aprender a andar outra vez.

 

 

Santiago Munhos é fisioterapeuta e mestre pela Santa Casa de São Paulo

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